quarta-feira, 10 de março de 2010

ninguem me ouve, ninguem ouve ninguem.

Existem vezes em que tenho uma vontade de gritar mais alto contra aquilo que ouço, outras em que me conformo a ficar muda e inconformada. Posso correr pra longe mesmo que respeitando as linhas, dos pensamentos, das crenças, das regras e não importa o esforço para não pisar fora do espaço tracejado, ninguém faz questão de admitir enxergá-lo. Aos olhos dos outros as atitudes são uma constante insuficiência, a assinatura dos documentos está sempre a passar da validade e cabe às palavras se perderem em algum lugar do espaço.

Sempre fui um pouco pré-julgada.

O esforço, a vontade ou o merecimento, pouco valem. A gente não consegue fugir do que é, nem do que disperta espontâneamente – ou não! – na sentença dos outros. Seja ela justa ou nem tanto. E sabe o que? O tempo ensina a lidar com essa circunstância e a matar a sede de querer mudá-la a qualquer custo.

Como meu pai sempre disse. Sou um divisor de águas. Duvido do dia em que entrarei em algum pedaço desse mundo, irei me deparar com mais uma pequena fração dentre o grupo de 6 bilhões de habitantes e não dividirei as mais opostas opiniões.

Mas eu? Eu sempre fui infinitamente mais exigente do que os jurados.