quarta-feira, 10 de março de 2010

Deixa que o tempo vai cicatrizar

A gente inventa problemas, quando eles não existem. É que dói mais do que chorar o dia todo, ser feito de sorrisos. Não sou feita de sorrisos. Eles são arremessados de todos os lados contra mim, os vejo a me atingir, desvio, fujo, mas muitos prendem-se às minhas roupas. Ao meu redor vejo gente adimirando todos esses sorrisos, sem, ao menos, ver que minha boca não estampa dente algum. São todos sinceros? Há motivo suficiente neles? Estou sempre a procurar respostas, mesmo sabendo que cada nova resposta acaba gerando uma pergunta ainda mais difícil de responder. Eu só queria desligar o meu radar, por uns dias. É, acho que tá começando a ficar difícil. Passei de fase. Nem tudo é como a gente quer. No entanto, isso não quer dizer que não é tudo que precisamos. Muitas vezes, essas coisas que a vida nos coloca pelo caminho são bem melhores do que a gente esperava. Veja bem, a hora mais bonita do dia é aquela em que o céu fica vermelho, e não azul. As mais belas noites são aquelas poucas em que a lua pega emprestada quase toda a luz do sol e a gente não precisa de lanterna pra caminhar. Exemplos não me faltam: a gente só ama o frio porque pode se envolver em mil casacos e cobertores, bem como agradecemos pelo sol queeeeeeente so depois de mergulharmos num mar gelado. Eu posso não ser o que ele esperava, mas a gente não escolhe o que quer sonhar quando coloca a cabeça no travesseiro. E que atire a primeira pedra quem não gosta de sonhar aqui. Eu posso não ser o que tudo que ele precisava, mas a gente vive e morre sem saber do que realmente precisamos. Eu posso não bastar. Então que baste o amor.
Eu posso não ser um monte de coisas, mas tenho certeza de tudo aquilo que sou: SOU O QUE ME FAZ BEM E O QUE EU GOSTARIA DE SER.
Faz falta, faz, mas eu vou viver.