quinta-feira, 14 de novembro de 2013

summertime sadness

Hoje  nós faríamos 12 meses. E daqui a dois dias é seu aniversário. Eu tô aqui ouvindo Lana Del Rey e escrevendo sobre você. Parece que aos poucos eu tô voltando a ser quem eu era, ouvir o que eu ouvia, fazer o que eu fazia.. até voltei a escrever. Acho que to aprendendo a a ser quem eu sou e olha que idiota né? Tô aqui escrevendo essa merda.

"Vomitando as palavras" na verdade. Coisas que eu já deveria ter te dito mas só depois de muito tempo me perguntando o "por quê", sem conseguir dormir, sem conseguir ter uma vida normal, encontrando companhia num copo de bebida, num cigarro ou em outros corpos vazios, tentando preencher um vazio que pra mim só você podia preencher, além de contar essa droga de história pra todo mundo me lamentando com o coração em pedaços.
E hoje depois de passar a porra de uma tarde bebendo, ouvindo Pablo do Arrocha e me identificando com cada palavra, cada letra da música dele eu pensei:
"Mas porra caralho, eu tô na merda mesmo." Ou tava, eu prefiro dizer que tava, porque hoje eu não sinto mais a falta de você.

E olha minha filha é terrível não sentir nada, ser só um coração vazio. Hoje em dia só restou esse coração cheio de buracos, frieza e insegurança.

Eu não sei se você tem noção do tumulto que causou na minha vida. Eu te acho sem noção mesmo. Há 12 meses exatos eu conheci você... mas pera eu conheço você???? Não sei até hoje. Quando você apareceu eu posso te dizer que eu me apaixonei de cara, sim quando você ainda tava na escola e eu no ensino médio. Mas até ai nada. A gente nem se falava, eu pensava cá comigo "essa menina é linda, e hetero vai querer o que comigo?"

Mas aí um dia, alguns anos depois e um belo dia eu tomei iniciativa e tive a maldita ideia de te chamar pra minha casa e você foi. E eu posso afirmar com todas as letras do alfabeto que sim, com aquele beijo eu me apaixonei, o teu sorriso pra mim era a coisa mais linda do universo. Eu te queria mais que tudo, eu só queria te fazer feliz. Pra mim não importava nada, eu enfrentaria tudo por você, assim como fiz e desfiz de tudo por sua causa.

Fiquei ensaiando mil coisas sobre você. Gravei a porra do som da sua risada na cabeça, porque era como musica. O que eu posso dizer?

Você tem uma risada incrível. E sem querer ser uma idiota, mas você tinha tudo pra ser perfeita. Mas não é, claro. Você tem mil idiotices e chatices na bagagem. Tem um ar de menina independente, que não precisa de ninguém. Mas quando tá no escuro, ainda pede pra alguém abrir um pouquinho a porta e deixar a luz entrar. Você tem vergonha até de ligar pra pizzaria pra pedir uma pizza. VOCÊ NEM SABE, mas todo dia eu tentava fazer ser diferente. Mas você é tão indiferente, que a minha diferença não afetava em nada. Você é a unica pessoa que me dá certeza de duvida. Eu acho que você podia ser o mundo inteiro se você quisesse. Porque você é tudo. Você é teimosa. E guarda rancor na mala. Você sabe perdoar, mas precisa de umas aulinhas de como esquecer. Quando você desiste ou acha que sabe de tudo, não tem jeito. Meu Deus, que mania insuportável que você tem de achar que pode burlar tudo o que mandam você fazer. O seu cabelo  é macio e cheiroso. E eu, no meu maior papel de idiota, decorei até o cheiro do seu cabelo. O cabelo que toda semana você queria mudar. Porque você nunca tava satisfeita com nada. Nadinha. Eu tinha que lembrar pra você todo dia que eu tava ali por você.

E como só você conseguia fazer eu gostar das coisas que eu odeio...

Será que você conta por ai que estragou alguém? Será que na sua cartela de ex’s do currículo, consta aquela que você desgraçou? Desgraçar no sentido de tirar a graça, de tirar o ar, de tirar a vontade de querer alguém. Mentira, essa vontade nem você seria capaz de me tirar, o problema é justamente o que você me ensinou a fazer com ela: pegar a primeira pessoa que aparecer na frente, rezando para que ela me tire do chão, pelo menos um pouquinho parecido com o que você fazia. Estupidamente ninguém supera você. Idiota.

Sabe, todo dia eu torço pra encontrar alguém com o seu jeito. Mas ninguém consegue ser assim. Perturbada igual a você. O foda é que você me rende ressaca, insônia e soco no estomago. Porque nada me tira da cabeça que você fez alguma coisa pra me prender. Porque você consegue ter todos os defeitos do mundo, e ser toda feita de qualidades? Tu é louca. Me fazia (e faz) brigar contigo e ficar sem falar com você por meses. Só que eu acabo falando com você. Porque além de idiota, eu sou otária. Mas quero deixar bem claro que tu é chata pra caralho. E idiota. Mimada, enjoada e afins....

Mas olha, não quero que com isso pense que ganhou o jogo, ou que, sei lá, eu ainda morro de amores por você. Só não tive (ainda) outra oportunidade, se é que me entende. Não é que você seja o amor da minha vida, é que minha vida anda parada, ou melhor, conturbada demais, então eu fujo. Fujo e conto pra todos essa história que foi linda com um final trágico, mas que sem dúvidas é passado.

Parece que eu já tava adivinhando naquela viagem e disse: "amor aproveita pode ser a nossa última vez" e você: "aff para com isso, Deus é mais." Mal sabia eu que a sentença do fim já estava escrita...por você.

Deixa eu te contar... no começo foi dificil sabe? Eu não conseguia dormir, eu só me perguntava POR QUE DIABOS? Minha vida se tornou um inferno, até a faculdade larguei. Os amigos mais próximos dizia que era pra eu ficar bem pois VOCÊ não me merecia. Mas toda noite eu lembrava do que vi e como foi o fim pra mim. Morrendo de vontade de sumir mas com a cabeça erguida. Com a sensação de que fui fiel (porra pablo!! ..chorei, choreei) E lá você feliz né no seu mundinho hétero com o príncipe do conto de fadas pra agradar papai, e nem pra me dar uma satisfação sequer.

E aí depois de tudo que passei...

Eu voltei a ser aquele tipo de gente que você odiava. Lembra? Aquele tipo sem memória, que se esquece de ligar no dia seguinte, que não manda mensagens, que não curte uma foto, não responde recado, que manda indireta, está sempre ocupada. Que fica com todo mundo e não tá nem aí pra ninguém. Me tornei de novo tudo aquilo que tu mais odiava, porque assim como eu, você também se tornou aquilo que eu menos esperava.

E já que tô vomitando todas a verdades (e começou a tocar wrecking ball aqui no player). Tu nunca foi muito a minha praia, pra ser sincera. Tu é encrenca, dá trabalho. E eu nunca soube lidar nem comigo, quanto mais com uma pior que eu. Você acha mesmo que se eu soubesse que você consegue reunir todos os problemas do mundo em você, eu teria me aproximado?
Eu sei que tenho problemas, não sou perfeita.  Mas a questão aqui é:
Tu não tem problema. Tu é problema. Quando tu vai entender isso?

Sabe o que é? Hoje eu paro pra pensar e concluo:  Eu mereço coisa muito melhor do que você. Você é toda cheio de estragos, toda… Sei lá. Você é difícil demais. Nada em você bate comigo. Literalmente. Pelo amor de Deus. A gente é como cão e gato. Tudo que você faz me irrita, tudo que eu faço te tira do sério. Não sei o que falta pra gente se largar de vez. Não basta tu me excluir do facebook e depois me procurar. Ou eu mudar meu numero no whatsapp e sumir da tua vida. Sabe o que falta? Falta coragem. Falta tu olhar pra mim e dizer que não quer, falta tu olhar pra mim e dizer que não sente mais nada. Tu tem um orgulho que te engole, menina. Tu nem sabe o que quer.

Nunca soube, na verdade. Olha, eu já fui muito filha da puta, mas você conseguiu me superar sabia? Eu te dei meu tudo. Eu mudei meu jeito completamente por uma palhaça como você. 21 anos e eu nunca tinha gostado assim de ninguém. Eu fiz tudo pra ficar contigo e você simplesmente do dia pra noite me deixou pra viver a vida que você dizia odiar e pouco se importou com o que eu tava sentindo.

Você sempre vira as costas quando as coisas começam a dar certo. Parece que tu tem medo de ficar bem, tem medo de se tornar dependente. Tu é a coisa mais complicada que existe nesse mundo. Você é impossível. E eu não sei que merda eu tenho na cabeça por ainda parar o meu tempo pra falar sobre você. Sei lá que porra é essa. Te resolver é pior do que tentar resolver uma conta de trocentos números. Eu não sei o que você quer, você não sabe o que quer, e aí a gente fica nisso.

Você podia ser só um pouquinho simples, não é? Porque quanto mais complicada tu ficava, mais vontade de ficar eu tinha. Além de retardada, sou imbecil. Porque na minha cabeça insana, só eu podia tentar te resolver. Você dizia que eu era "problemática e dificil". Na verdade, acho que qualquer uma pode me resolver. Mas só você soube me complicar. Entendeu a diferença?

Tô refletindo se isso é algo positivo. Mas nada que vem de você pode ser coisa boa. Porra, tu não tem jeito.

Eu quero que você saiba que você me cansou. E muito. Você é uma porcaria. Daquelas que fazem mal pra saúde. Você pode ter certeza que tá longe de ser coisa boa. Você é toda chata, toda nhenhenhe. Tu é toda não-me-toque, e eu nunca gostei disso. Se fosse alguma amiga minha gostando de você, eu com certeza diria que ela tem um péssimo gosto. Na verdade, falo isso pra mim todo dia. Mas nunca me escuto. E acho que pior do que você, só eu. Porque continuo escrevendo essa merda. E você ainda abria essa boca pra dizer que não sou uma pessoa fácil de lidar, que eu era a pessoa mais ogra do mundo e tudo o que sentia eu escondia.

Você é uma otária mesmo. Me perde todos os dias.

Hoje estou aqui pra, de uma vez por todas, te dar o teu merecido pé na bunda. Como você fez tão bem. Estou aqui para dizer que esse é o limite da nossa historia. Esse é o ponto final já que nenhuma de nós fez isso. Agora vá, me esqueça, me deixa em paz. E por tudo que a gente viveu, não olhe para trás. Siga seu rumo, siga sua sombra, siga em frente. Enfrente seus problemas. Mas sem mim. Sem a escolta do meu amor te protegendo, sem o falso porto seguro para onde você corria sempre que as tempestades eram mais fortes que o convés do navio.

Eu tive que ir embora, mesmo querendo ficar, deixei tudo pra trás mas com a cabeça erguida. Com a sensação de dever cumprido. Mesmo sabendo que seu amor por mim nunca foi verdadeiro. Mesmo sabendo que pra você não passou de uma diversão e eu fui só uma porra louca que conseguia balançar teu mundinho.

E eu fui tendo que enfrentar quem eu enfrentei, tudo que eu passei por cima pra te amar pra ficar com você, só que com a cabeça baixa ouvindo muitos "eu te avisei". Sendo vista como uma otária por muitos, e você a esperta né?

Não, não venha com suas risadinhas de quem tá por cima não. Achando que eu perdi muita coisa. Não perdi nada. Você não tem mais nada a me acrescentar, porque você não é capaz de amar alguém, ao ponto de querer preencher os espaços vazios, curar as feridas, ou ser colo, ombro, braço. Você se ama demais para amar alguém.

Sabe o que você merece? A solidão. Mas uma solidão com um monte de gente contigo, essas mesmo aí que você anda. Pessoas tão vazias quanto você. Pessoas que bebem litros para não se afogarem em cima da própria solidão. Pessoas que gastam aos tubos só para manter a mente ocupada e não caírem por si. Para não caírem no próprio vazio.

Eu nunca quis viver aquela vida de bebedeira e farras com você, eu queria o "nós" o nós que existia na minha cabeça avoada.

Mas você nunca vai entender isso. Você se ama mais do que a qualquer outra pessoa. Esse sempre foi o teu problema. Se amar demais. Se achar centro do universo. Eu não te desejo mal não, mas você merece sofrer ou encontrar uma pessoa tão fria quanto você, para assim aprender que ninguém vai te amar e se preocupar contigo, como eu. Quero que você rode o mundo, que beije varias bocas, que vá pra cama com dúzias, mas que ao final de cada dia perceba que NENHUM deles (nem esse otário que agora você tá) foi capaz de te amar metade do que eu amei.

Me desculpe por esse rancor todo no coração e ser um pouco rude mas mesmo assim, te pedir desculpas. É que mesmo sabendo ser ruim como você me ensinou a ser, eu nasci pra ser boa. E tu, criatura cheia de si, não consegue ser boa a minha altura. Consegue sim ser alguém a altura de poucos, dos baixos, das criaturas mesquinhas com quem você anda.

Ah... é mas eu tô me fazendo de coitadinha e era uma santa e não tinha defeitos? Não, não você sabe eu tenho MILHÕES mas olha sem querer me gabar: você não vai mesmo sentir com outra pessoa o que sentia comigo. E o pior: só vai notar quando já for tarde. Quando já tiver passado da meia-noite e a carruagem virado a mesma abóbora de antes. Só que dessa vez, sem um ombro amigo para transformar sonhos em realidade.

Que nos encontremos nas voltas que a vida der, e brindemos àquilo que poderia ter sido lindo, mas as tua feiura bela conseguiu estragar.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

(!)


"Eu acho que tenho certeza daquilo que eu quero agora, 
Daquilo que mando embora, daquilo que me demora..."

As pessoas se esquecem que sou feita de ossos e pó.

As pessoas se esquecem de pensar que quando não falo, significa que simplesmente não ha mais o que dizer, esquecem-se de procurar respostas em perguntas que ainda não fiz.

Não lembram que a solução para me entender está em mim.

Será que existe algo mais emocional do que optar por ser racional, por medo de errar novamente? E o que é mais racional do que permitir que essa emoção guie cada um dos meus passos? Às vezes são tão altas as vozes de fora, que eu acabo não ouvindo o peito gritando. Mas dessa vez, o meu peito é que gritou alto demais, calando as vozes de fora.

Será que existe ignorância maior do que saber todas as respostas? A gente pensa que, com o passar do tempo, aprendemos a pular as rasteiras que são passadas. Digo, por experiência própria, que existem tombos que eu adoraria tomar de novo. Mas eu aprendi demais, justamente por errar demais.

É dificil encarar o negativo, complicado perceber os próprios erros e os próprios defeitos. Tão mais fácil jogar a culpa no próximo, colocar a responsabilidade na pressão que se sofre.

Preciso me curar de tantas coisas. E por favor, não estou me queixando. Só... colocando pra fora.

Porque será que quanto mais andamos na linha certa, seja lá quem for que definiu o que é o certo, as coisas erradas acontecem com mais frequência contra você? Ação e reação, eu diria...

Destino, desafio, provação... há tantos nomes para a mesma coisas.

E tantos são os nomes dos quais me atribuem. Tantas classificações que acabo tendo personalidades multiplas.

De todas elas, "ser do contra" é minha preferida. Mas ser do contra hoje em dia se tornou tão modinha que pra ser, realmente ser do contra você tem que ser é a favor.

E quantas vezes ja fui chamada de santa e quantas de louca. Me perdi nos cálculos.

No fim se esquecem.

Poucos são os que entendem meu principio e fim. Menos ainda são os que compreendem meus meios.

Sei que no fim todos se esquecem de pensar que talvez nem eu pense no que os outros se esquecem...



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Entra, mas não repara na bagunça não...

Me perdi dentro de mim no momento em que comecei a tentar me encontrar. É complicado isso, eu sei. Por muitos dias vaguei dentro da minha própria cabeça. Faço isso nesse exato momento na verdade. E é confuso, é perdido. Esqueço as coisas, mas é porque faço questão que assim seja.

Quero mesmo que se encerre. E em outros momentos porque de certa forma era remotamente importante. Na verdade nem sei qual o fim dessa história, também não sei se é a minha história. Aliás ainda não descobri o que é isso.

Suponho que a resposta nunca será encontrada. De fato penso que quando o ser humano encontra a resposta para sua maior questão, ele morre. Porque depois de encontrada a solução para o maior problema, o resto fica fácil, monótono, dispensável.

O meu caminho tem tantas direções. Mais ou menos quando a gente está numa loja de doces e são tantas guloseimas açucaradas acabamos saindo com um salgadinho na mão porque não soubemos lidar com tantas opções boas. (bom, eu sou assim)

Não quero forçar isso aqui, tudo que é forçado dá errado de uma forma ou de outra. Tudo que não é pra ser, quando é, acabada sendo sem ser como seria. Sabe? Sai torto, estranho, vazio.

Vai ver eu nem era pra ser e agora que sou, sou torta, estranha. Sou incomum, isso com certeza. Tomara que eu seja mesmo, assim as outras pessoas não serão tortas, estranhas e vazias. Acho que não são mesmo. O mundo é bem normal até. Apesar de tudo o mundo é como tem de ser, eu acho. E em toda coisa ruim aparece uma parte boa. E é claro que na parte boa também tem a parte ruim, mas aí é bom porque também vai ter um tanto de coisa boa nessa parte ruim.

Viu como é complicado? Meu pensamento é rápido demais pra minha lógica. Como quando uma pessoa me conta uma história e eu já sei o que ela comeu pelo hálito, sei quanto ela ganha, pelas roupas. Sei até se está mentindo e porque está mentido. Claro, conhecendo é mais fácil. Se eu não conheço acabo sempre ficando na suposição. Mas com minha certeza de que supus certo.

Afinal, porque razão eu iria pensar que eu erro? Não, eu jamais erro. Até nos meus erros consigo fazer um acerto, de uma forma ou de outra. Ainda que eu acerte errado!

Sem palavras eu disse tudo, direi mais em breve e nem com cem palavras diria metade. Deixarei porque agora preciso ir ali até o achados & perdidos da vida procurar um sentido pra isso aqui.

Esse blog é só um processo em conserva, posso destilá-lo, posso fermentá-lo, e posso abandonar tudo e jogar fora.
Eventualmente acabarei jogando fora porque afinal é isso que fazemos com a bagunça...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

make no sense

Eu realmente gostaria de fazer sentido. Consigo ver perfeitamente o estranhamento que causo em algumas pessoas. Essa intensidade desmedida choca, e gera dúvidas se é verdade tudo que eu sinto. Mas eu sinto. E sinto muito, tanto que chega a parecer que é mentira, encenação, que eu não sinto absolutamente nada. É como um vício, como se eu estivesse sempre procurando um motivo pra sair da normalidade, do stand by, pra sair da vida comum e os sentimentos amenos. É como se eu me forçasse a me apaixonar toda semana, e sempre por um novo alguém. Eu chego ao cúmulo de quase inventar histórias, quando encontro dificuldade em vive-las de verdade. Mas eu invento as de forma tão convincente que a maioria delas se transcreve na minha vida, nos meus dias. 
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Eu realmente gostaria de ser compreendida. Isso me leva a concluir que somos realmente capazes de viver as histórias que inventamos. É que com alguma insistência, um pouco de prática e um punhado de sorte, eu fui capaz de te trazer pra minha história, que acabei de começar a escrever. Você nem sabe que faz parte dela, que age conforme regem as linhas que eu escrevo, mas você já foi escalada pro seu papel, e ele é de protagonista. Eu realmente gostaria que você acreditasse em mim. Cabe a mim viver essa história, de forma tão fiel que mentira e verdade se fundam em uma narrativa com início, meio, e um fim, cujo decreto cabe à minha caneta. Cabe a você deixar ser escrita, e eu tenho muita coisa pra contar. E não precisa dizer que eu não te conheço, que isso não faz sentido, que eu estou enlouquecendo. Eu sei muito bem disso. Sei que os diagnósticos possíveis são muitos e que os prováveis são alguns, mas minha médica sou eu mesma e eu acabo de receber alta.
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terça-feira, 10 de julho de 2012

vivendo cada dia como se fosse hoje mesmo.

E na tentativa frustrada de me definir buscando em todos os cantos da casa onde vivo, em cada pagina que escrevi desde que aprendi a escrever notei que de fato sou uma bagunça.

Percebi que as palavras mais repetidas são "não" e as que nunca são pronunciadas prefiro não saber.

Mas, não me definirei jamais.

Sei que sou eterna e interna sou indestrutível. Sei que sou parte da terra e vento e com o tempo me irei. Passo e rasgo seu coração, marco e arco com cada ato insano.

Sou louca e sou pouca para o tanto que serei. Meço cada atitude e não há longitude para me limitar. Sou inderrotável e minha única perda é a da vida, peço perdão por não crer que sem um perdão irei me perder.

Já estou perdida, eu acho. Me encontro em cada pedaço que deixo por aí, vivo em cada segundo de desligamento, meus passos marcam em cada um que passa por baixo. Eu estou aqui, ali e aí. Me encontro em cada máscara que encobre as verdadeiras faces em palavras não ditas de mentes impensadas. Não pertenço a lugar algum, sou um lugar a pertencer.

Perco, me perco e sumo. Odeio coisas em mim que fazem me amar cada dia mais e não é porque deixei de estar que saí de lá, sei que no fim estou aí todos os dias.

Tá, eu sou uma bagunça eu sei, bebo demais, falo rápido, alto e em proporções fora do normal,  me estresso facilmente, brigo, xingo, vivo em relação de amor/ódio com muitos amigos ou "amigos", sou impaciente, inconstante e extremista.

Sempre me disseram que na vida tudo é uma fase, que tudo vai mudar...

Mas, se eu ainda vou rir de tudo isso um dia, imagino que meu senso de humor terá uma queda drástica de critérios.

Pode parecer clichê, na verdade é. Mas sou de fases. De metamorfoses constantes. Me desapego fácil ao mesmo tempo que me apego, eu diria melhor ainda: Preciso sempre renovar meus pensamentos, mesmo que tenha que comparar com os antigos, e por fim, abandonar os que já não me servem mais. Acho que só assim consigo viver o meu presente de verdade, e sempre fui assim. Claro que o passado foi importante, me ajudou muito, ou até não ajudou. Mas a verdade é que sofremos menos quando vivemos o hoje. Aliás creio que só vivemos bem se aproveitarmos o hoje com a maturidade que não tivemos ontem.
Vivendo cada dia como se fosse hoje mesmo.
 

terça-feira, 29 de maio de 2012

O que não se pode evitar.

Já não posso usar a desculpa de ainda ser cedo, porque já não mais o é. A verdade é que o mundo está cheio de pessoas desinteressantes, com as quais eu tenho preguiça até de conversar. O que eu acho é que homens, são seres simples demais, previsíveis demais, 2D demais. E é exatamente isso: não encontro uma pessoa que seja dona de complexidade suficiente para aguçar meus sentidos. Meu coração tem batido como um marcapasso tum tum / tum tum / tum tum. Nada tem me tirado o fôlego, nada tem contorcido a minha espinha, nada tem me feito sentir saudades.

Saudade é lindo de se sentir, espontâneo e inofensivo. Você pode dizer pra quem quiser, ninguém some após ouvir que outro sente saudade, ‘eu te amo’ já é outra história.

E aí você que está lendo essa palhaçada vai dizer que eu sou muito exigente e eu te responderia… Alguma vez eu insinuei não ser? Pior ainda é ser orgulhosamente exigente. Posso dizer que não é intencional, que não foi uma opção, ao mesmo tempo que, caso fosse, minha sinceridade deixaria escapar que minha escolha não me tornaria diferente do que sou hoje.

Eu já não acredito em muita coisa. 20 e poucos anos e fica difícil pra que eu acredite em inocência, por exemplo. A gente vai perdendo a leveza, perde o receio de compulsivamente falar certas coisas perto ‘daquela’ pessoa. Chego a pensar que armamos uma armadilha atrás da outra, por culpa dessa preguiça de conhecer alguém mais a fundo. Eu penso em tudo o que não posso fazer e o que eu faço? Tudo ao contrário, claro. Às vezes chego a pensar que perco a referência de quem eu realmente sou, tudo pra provar pra mim mesma um monte de teorias sobre esses flertes.
Dificilmente erro, aliás.

E a gente ainda diz que não tem medo. Culpamos a circunstância, a atual, a ex, a nossa exigência. Culpamos o menino que nos roubou um beijo aos 13 anos, culpamos a pessoa que nunca conseguimos amar.
A gente cisma em dizer que o problema é qualquer outro, mas nunca, por nenhum segundo, medo.

No meu caso além de medo, também foi a imaturidade. Ah, e acho que todo mundo tem aquela fase na vida de sair por aí e querer ter todo mundo e não ser de ninguém, mas depois com a idade perceber que, bem, isso não vale a pena...

E, por não querer mais me ver tão errada, tão torta, tão rigorosa comigo mesma e com as histórias que protagonizo. Aprendi que preciso ser tolerante, que não posso me deixar ser tão orgulhosa. Aprendi que preciso procurar minhas falhas, mesmo quando só pareço enxergar as dos outros. Aprendi que não posso querer que o outro adivinhe o que sinto ou que saiba sempre a maneira como quero que aja. Aprendi, sei que aprendi.

Quero desarmar-me frente a tudo que tenha potencial pra me cativar. Quero viver, arriscar, experimentar. Quero nem pensar em perder meu tempo com alguém que não tenha percorrido essa mesma trilha, com quem não esteja pronto, com quem se doe dessa maneira sempre tão fragmentada. Isso tudo eu também aprendi.

Porque quando valer a pena, só alcançar não basta. Tem é que segurar forte entre os braços, tem que ser por inteiro.

Sabe, tô cansada daquela história de “não vou falar isso porque ela vai achar que estou muito a fim dela”. Foda-se.
"Mexa no cabelo, finja que não vê, blablabla, beija a amiga." QUE? Desde quando? Não tenho mais paciência e nem idade pra esse tipo de coisa. E se eu precisar disso pra engrenar qualquer coisa: VIXE!

Eu não tenho medo de dizer o que quero. Na verdade, tenho medo é de querer o que eu quero.

 




sexta-feira, 25 de maio de 2012

despretenciosa.

Depois de chegar em casa, de uma festa, com cerca de 5 vodkas com energético na cabeça, e de…. hm… não temos intimidade pra falar sobre isso. Oi?  Bem, fato é que toda essa história de ter um blog fez algum sentido naqueles 5 minutos pré sono profundo.

Ao carregar introspecção como uma das minhas principais características na minha infância, acabei desenvolvendo o gosto pela escrita desde cedo. Talvez como muleta não só para a timidez como também para a dificuldade que tenho em verbalizar o que realmente se passa na minha cabeça. Falar de maneira real ou fictícia e transportar sentimentos para um pequeno pedaço de matéria alivia e espairece.

Todos nós temos opiniões, mesmo que muitos não saibam exatamente como defendê-las.
Mesmo que nem todas elas sejam merecedoras de alguma relevância.
Mesmo que mudemos de idéia vez ou outra.

Já que falei sobre pretensão, a minha é só escrever.

Se fizer diferença, ótimo.

Talvez à medida com que eu me transformo, transforme-se também a minha maneira de me expressar. Já fui futuro do subjuntivo, presente e, mais tarde, uma eterna jaula de passado. Hoje? Hoje liberdade.

Chegou um tempo em que eu não conseguia mais escrever, não sabia. Eu parecia uma eterna repetição de mim mesma, tinha preguiça de mim mesma. O autoconhecimento leva tempo e nunca vem seguido de ponto final, a gente se redescobre o tempo todo. Transitamos por personagens reais tentando decidir qual queremos realmente ser e a verdade é que corremos o risco de não descobrir. Eu definitivamente não me importo. Desde quando vi graça em tentar, eu não me importo.

Gosto assim, solta, espontânea. Pode até ser um pouco torta, contanto que seja sincera.
É tão bonito ser simples.
É tão raro sê-lo.