sexta-feira, 25 de maio de 2012

despretenciosa.

Depois de chegar em casa, de uma festa, com cerca de 5 vodkas com energético na cabeça, e de…. hm… não temos intimidade pra falar sobre isso. Oi?  Bem, fato é que toda essa história de ter um blog fez algum sentido naqueles 5 minutos pré sono profundo.

Ao carregar introspecção como uma das minhas principais características na minha infância, acabei desenvolvendo o gosto pela escrita desde cedo. Talvez como muleta não só para a timidez como também para a dificuldade que tenho em verbalizar o que realmente se passa na minha cabeça. Falar de maneira real ou fictícia e transportar sentimentos para um pequeno pedaço de matéria alivia e espairece.

Todos nós temos opiniões, mesmo que muitos não saibam exatamente como defendê-las.
Mesmo que nem todas elas sejam merecedoras de alguma relevância.
Mesmo que mudemos de idéia vez ou outra.

Já que falei sobre pretensão, a minha é só escrever.

Se fizer diferença, ótimo.

Talvez à medida com que eu me transformo, transforme-se também a minha maneira de me expressar. Já fui futuro do subjuntivo, presente e, mais tarde, uma eterna jaula de passado. Hoje? Hoje liberdade.

Chegou um tempo em que eu não conseguia mais escrever, não sabia. Eu parecia uma eterna repetição de mim mesma, tinha preguiça de mim mesma. O autoconhecimento leva tempo e nunca vem seguido de ponto final, a gente se redescobre o tempo todo. Transitamos por personagens reais tentando decidir qual queremos realmente ser e a verdade é que corremos o risco de não descobrir. Eu definitivamente não me importo. Desde quando vi graça em tentar, eu não me importo.

Gosto assim, solta, espontânea. Pode até ser um pouco torta, contanto que seja sincera.
É tão bonito ser simples.
É tão raro sê-lo.