terça-feira, 7 de junho de 2011

um amor absurdo

Semana retrasada liguei pro meu melhor amigo e saímos juntos. Nós nunca deixamos de se falar, mas de um tempo pra cá a gente tinha começado a se afastar um pouco. Nós nunca nos afastamos, nem quando tive que ir embora quando tudo tava "dando errado" pro nosso lado. De tempos em tempos sumimos, falamos umas coisas horríveis de quem se conhece demais. Esses dias mandei uma mensagem e e aí nós começamos a se desentender.. mas enfim nós saímos juntos desde que fosse daqui pra frente, preguiça de conversar da briga e tal. E fomos. E com meu coração tão calmo eu voltei a me sentir bem como só ele me faz. A gente já até confudiu essa amizade toda com amor. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos meus casos da vida hahaha. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia,  já são dezenove anos de amizade. Somos pra sempre. Ele conta do que tá fazendo, eu do que vou fazer. Os mesmos há mil anos. Contar é sem pressa de acabar. Se ele me corta é como se a frase que eu fosse falar fosse mesmo dele. É como se meu silêncio pudesse continuar me vendendo como uma boa pessoa. São dezenove anos. É isso. Ele me viu de saia longa e cabelo enrolado. Eu lembro dele gordinho e mais baixo. E é ele que conserta meu coração, acalma meus medos. E eu sei que nada mudou.. E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes. Mas meu melhor amigo é meu amor. O único que consegui levar pra sempre. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo. E ele vai comigo em qualquer lugar (mesmo que não seja fisicamente) e todas minhas amigas novas morrem de rir porque ele é naturalmente engraçado e gente boa e sabe todos os assuntos do mundo. E todo mundo adora meu melhor amigo. E eu amo ele. E sempre acabamos suspirando aliviados: "alguém é bobo como eu, alguém tem esse humor" e mais uma vez rimos da piada que eu ouvi na sexta série, da mulher que chega no marido e fala: "então tão, só vou lavar os pés". E esse é meu presente dessa fase tão terrível de gente indo embora. Quem tem que ficar, fica.