segunda-feira, 26 de julho de 2010

Leiam por detrás dos meus olhos.

Nem tudo é como a gente quer. Mas, isso não quer dizer que não é tudo que precisamos. Muitas vezes, essas coisas que a vida nos coloca pelo caminho são bem melhores do que a gente esperava. Veja bem, a hora mais bonita do dia é aquela em que o céu fica vermelho, e não azul. As mais belas noites são aquelas poucas em que a lua pega emprestada quase toda a luz do sol e a gente não precisa de lanterna pra caminhar. Exemplos não me faltam: a gente só ama o frio porque pode se envolver em mil casacos e cobertores, bem como agradecemos pelo sol de verão somente depois de mergulhar num mar gelado. Eu posso não ser o que você esperava, mas a gente não escolhe o que quer sonhar quando coloca a cabeça no travesseiro. E que atire a primeira pedra quem não gosta de sonhar aqui. Eu posso não ser o que tudo que você precisava, mas a gente vive e morre sem saber do que realmente precisamos. Eu posso não bastar. Então que baste o amor.
Eu posso não ser um monte de coisas, mas tenho certeza de tudo aquilo que sou: um céu vermelho, uma noite de lua cheia, um cobertor e um banho de mar, e tudo o mais que você quiser de mim.

Modinhas .

A pior coisa que pode existir no mundo é: POSER.
Hoje me perguntaram, Priscilla o que é poser? Tentei explicar e fiquei com isso na cabeça.
Poser? É aquela que sempre segue uma modinha ridícula. Eu, sinceramente, penso que se você quer ser fã, seja um realmente, e admire o seu ídolo pelo que ele é, e não porque é bonito, maravilhoso, e derivados. Aposto que eles tem muito mais pra mostrar do que apenas rostinhos bonitos, têm uma personalidade incrível e de se admirar. Não é fácil viver com a fama, não se tem privacidade, e é preciso muito caráter para não deixar isso mudar sua mente. Conseguem passar por cima de todos os boatos, críticas. Pois são fortes como pessoas, e admiráveis por dentro. Então, poser, aconselho à você saber mais de seus supostos ídolos, paixões ou modinhas antes de julgar, ou até mesmo dizer que os ama. E mais, para os fãs esnobes: O que se conta é o amor que criamos por eles, não o que fabricam para comprarmos.

domingo, 25 de julho de 2010

Muitas coisas mudaram.

Nada mudou.
O meu eu atual, assim como o eu de tempos atrás, se sai de comparações e grita pra todos, mesmo sem o uso de palavras, que evoluiu, que cresceu, que amadureceu. Uma meia-dúzia de alterações superficiais e essa carcaça de alguem que deve ser "madura" que me reveste não são o bastante para que eu me prive de ser quem eu realmente sou. Eu sou aquela por detrás da carcaça. É leve, mas é pesada o suficiente para que às vezes eu me veja na obrigação de deixar ela de lado para respirar um pouco de ar puro. E há 2, 4, 6 anos atrás, tudo era exatamente igual. Mudou apenas o cenário, a circunstância e a intensidade com que eu sinto isso. Hoje sou capaz de sentir mais, e não sei até que ponto isso pode ser bom, ou até mesmo, saudável. Eu pensava sobre as mesmas coisas, da mesma forma, com o mesmo negativismo que sempre andou de mãos dadas com minha alegria e diversão que distrai a maioria. Tudo mudou sem nada mudar. Muito mudei sem nada mudar. E isso nunca foi tão óbvio como agora.

Amizade de verdade.

Eu acho que amizade de verdade é uma coisa bem rara hoje em dia. Eu já tive varios tipos de amigos, amizades que duraram anos e duram até hoje, e amizades que duraram dias, meses, mas foram vividas intensamente e que ficarão sempre na memória (na minha pelo menos) e acho que ainda vou ter muitos amigos diferentes, e o mais legal disso tudo é que a gente aprende a respeitar as diferenças, o jeito de cada um e a gente descobre que não é ninguém pra julgar alguém. Cada um tem suas manias, seus momentos, seus defeitos e suas qualidades. Ninguém é totalmente bom, assim como também ninguém pode ser totalmente mal. Dentro do coração de cada um, por pior que pareça, sempre há bondade e nunca é tarde pra tentar fazer com que essa bondade se torne maior que os defeitos, isso se chama evoluir.
E é através dos erros que as pessoas crescem (ou não). Muitas vezes as pessoas persistem nos próprios erros, talvez seja por uma extrema necessidade de aparecer, ou talvez, porque esteja tentando acertar. Mas o que vale mesmo, é ter amigos, não muitos, mas o suficiente pra se sentir tranquilo. Confiar? Em poucos. Mas sempre deve-se confiar em pelo menos um amigo, pois quem não confia em ninguém, não é confiavel. Mas na real mesmo, apesar dos erros, vacilos, tropeços, eu posso levantar as mãos pros céus e agradecer pelos amigos que tive, tenho e pelos que vou levar pra vida toda.
"Agente não faz amigos, reconhece-os "

Quando parece mentira, é porque é verdade.

Uma coisa é você ver uma pessoa e ficar feliz, triste, nervoso ou até com raiva. Mas o problema - que tem sido cada vez mais comum na minha vida - é quando não sei o que sentir ao ver algumas pessoas. Olho para mim e vejo um monte de pontos de interrogação em meus pensamentos. Não que essas pessoas não despertem reação nenhuma em mim. Longe disso. É que são espíritos tão intensos e cheios de detalhes que a única sensação que tenho é a de estar sendo bombardeada a todo instante, em cada vez que essa pessoa fala comigo. E dessa confusão surge uma enorme vontade de sentir aquilo denovo, de tentar ver quanto tempo eu consigo ficar ali, e de ser bombardeada denovo, até que todos esses destroços formem uma figura que eu possa entender, e dar a ela um nome. E eu me acho péssima para nomear as coisas. A previsibilidade se torna um tédio e nenhuma das pessoas legais, chatas, ou mais-ou-menos te despertam interesse. Tudo que você quer é rever e falar com aquela que te diz muita coisa só com um movimento de olhos e você não consegue entender nem dez por cento de tanta informação. Quer andar todos os quarteirões do mundo com os olhos fitando o chão, com mãos tateando bolsos vazios e sorrir a cada passo que essa pessoa dá ao seu lado. E enquanto isso não acontece, vivo inventando palavras para dar nomes a pessoas e coisas sem sentido.

sábado, 24 de julho de 2010

Sobre a saudade.

Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um 'tchau' e se contentar com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É tudo de que te faz lembrar a pessoa. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido para alguém que parece estar sadio. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno insistente de implorar por 'um pouco mais'.

Saudade não é olhar pro lado e dizer "se foi". É olhar pro lado e perguntar "cadê?".

Amar a minoria a odiar a maioria ?

Porque quando as pessoas não gostam, não desejam o bem? Será que é assim amar a poucos e odiar a muitos? Ou isso seria só egocentrismo?

A maioria das pessoas são egocêntricas. Só se importam com si mesmo e só amam quando a pessoa amada tem algo a oferecer, algo que seja ao seu favor e odeiam as pessoas diferentes deles, que não podem oferecer nada muito especial. Será que todos são assim? Acho que não, tem pessoas boas no mundo ainda que conseguem amar sem dar nada em troca, mas o que seria amar? O que seria gostar? Pra que ter esses sentimentos? Cada um tem seu ponto de vista, amar seria desejar o bem da pessoa, querer estar ao lado dela, ser capaz de tudo só pra ver ela feliz. Gostar é a mesma coisa, só menos intenso e menos duradouro. As vezes um simples sentimento nos ensina muito, não conseguimos ser felizes sozinhos. Infelizmente. A solidão mais cedo ou mais tarde nos incomoda, quem pensa que vive feliz sozinho se engana, solidão não é virtude é defeito. São tantas dúvidas em relação a maneira de viver, de pensar. Mais cedo ou mais tarde, cada um encontra um jeito de viver. O que é certo pra muitos pode ser errado pra vários, mas ninguém pode julgar ninguém. O problema é, o mundo tem seus próprios ideais e a maioria segue eles, não fazem o que quer. O que sente vontade, faz o que o mundo acha certo, o que as pessoas julgam ser certo, e isso que torna a maioria seres egocêntricos.
Na verdade nem eu mesma, sei em que eu me encaixo. Na verdade, eu nem sei pra que eu escrevo isso. Só reflito. Faço perguntas sem respostas. Sou aquele "complexo", apenas pra não viver presa nas ideias dos outros.

Problemas sempre existiram.

Sabe quando você acorda sem ao menos saber o motivo de estar acordando? pois é, hoje é um dia que estou assim.

Dúvidas sobre tudo, como se as músicas não entrassem mais nos meus ouvidos e fizesse eu relaxar como fazia antes , como se meus passos estivessem perdidos, totalmente sem rumos, guiados pelo nada. É tão comum ter dias assim, virou rotina, talvez as outras pessoas não se perguntam coisas simples porque vivem superficiais demais, acham que são obrigados a gostar de todo mundo, fingir ser amigo, pensam que o mundo é mil maravilhas. Com os problemas na frente dos olhos de cada um o mundo fica cada dia mais confuso, as pessoas se perdem e não percebem que ficam sem rumo. Talvez todo mundo se preocupe e finja não dar bola, por isso são consideradas idiotas e pessoas quaisquer. Hoje, a maioria está preocupada com o "status social" e não com o que realmente é e queria ser, só se importam com o que os outros desejam que ela seja. Já parou para pensar como sua vida é tão normal quanto você? Será que você não pode mudar sua vida deixando ela o que você quer, e não o que desejam?
Tire um tempo e pense no que você ja viveu e o que pretende viver. Se pergunte. Tire conclusões .

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Do que eu gosto.

Hoje me perguntaram do que eu gostava... Comecei a pensar, se realmente gosto de alguma coisa, porque tudo que eu falo é " ah, odeio isso, ah para com isso, ah não suporto isso " .
E foi só então que percebi que gosto de muitas coisas, tantas que eu seria incapaz de falar. Aproveitando essa noite fria e a vontade de escrever. Decidi enumerar algumas coisas que gosto.

Gosto de dias frios, gosto de tardes chuvosas, ainda mais quando posso ficar debaixo das cobertas. Gosto de tardes na casa de amigos. Gosto de boa companhia. Gosto de passear com amigos. Gosto de beber um leite quente em noites frias, ou um suco geladinho em noites quentes.

Gosto de dormir abraçada, de conchinha. Gosto de pensar que posso proteger quem eu gosto de todos os males, mesmo que as pessoas saibam se proteger sozinhas. Gosto de sentir.

Gosto de imaginar milhares de coisas, escrever coisas que me agradam. Gosto de escrever até mesmo quando elas não me agradam muito. Gosto de ter inspiração, de ter no meu coração essa sensação que posso tudo.

Desconfio de que, gosto de amar. De sonhar. De Sentir. De imaginar que um dia estaremos juntos. Gostaria de saber o que se passa. Não apenas comigo, mas também com os outros. Gosto de não saber das coisas, só para ter o prazer de que alguém possa me ensinar.

Gosto, também, de filmes, principalmente os que falam de alguma coisa meio impossível. Ou dos que inventam histórias, ficção, aventura, muita emoção. Gosto de coisas simples. De coisas sinceras. Gosto de agradar.

Gosto de inventar. Gosto de ver meus amigos felizes. Gosto que eles me vejam feliz.

Gosto de chorar, quando depois do choro vem a paz. Gosto de mostrar que você tem em mim alguém pra sempre, todo instante, toda hora.

Gosto de escrever, como agora, sem preocupação, com muita repetição, esvaziando um pouco dessa dor no coração...

Gosto de coisas assim... Gosto de você, e você já gostou de mim. Ou ainda gosta? Sei lá. Gostaria de ouvir um "é claro que sim".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vida real, não tem crédito final .

As perdas doem mais do que a saudade, cortam mais do que alguns dias de ausência. As perdas nos afetam mais do que as doenças, e nos deixam em mais agonia do que um amor mal acabado poderia deixar algum dia. As perdas vão nos arrancar de nossos lugares e nos sacudir no rosto da realidade. E embora pareça que nunca vai acabar, o tempo um dia vai te encontrar. A verdade é que todos nós sabemos que um dia vamos perder aqueles que amamos, e que também vamos nos perder. Acho que a morte não é um vulto encapuzado que vem causar tristeza. A morte é uma luz e uma porta para a eternidade. A morte não é o fim, o abismo não tem fundo, você vai continuar caindo. Mas vai cair em meio à cor, nada vai estar escuro. E todos aqueles que um dia você achou que tinha perdido para sempre, vão estar lá, caindo com você e por você também. A beleza do abismo não é o que vai estar do outro lado, é a queda. É o amor, amor por aqueles que te deixaram e amor por aqueles que você vai deixar. É tudo sobre o amor. Todas as coisas ao nosso redor estão ligadas a ele. E quando você perde alguém de um jeito irremediável é, sim, doloroso, mas as pessoas que nos amam nunca nos deixam de verdade. Elas vão estar nos nossos corações, e nas nossas mentes, vão estar nas fotos que tiramos, nas músicas que ouvimos e nas flores que vimos. E me diga se estou errada quando digo que todas essas perdas são curvas e atalhos no caminho da vida. Me diga se estou errada quando digo que o tempo vai curar a minha ferida.

Não. Porque tem que ter drama. Se não tiver drama, eu faço acontecer o drama.

Ficar triste é um sentimento tão original quanto a alegria. Reclamar do tédio é fácil, difícil é levantar da cadeira pra fazer alguma coisa que nunca foi feita. Queria não me sentir tão responsável pelo que acontece em meu redor. Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas. Pessoas com vidas interessantes, interessam-se por gente que é o oposto delas. Emoção nenhuma é banal se for autêntica. Dar certo não está relacionado ao ponto de chegada, mas ao durante. O prazer está na invenção da própria alegria, porque é do erro que surgem novas soluções, os erros nos movimentam, nos humanizam, nos aproximam dos outros. Enquanto o sujeito nota 10, nem consegue olhar pro lado, sobe pena de ver seu mundo cair.
O mundo já caiu baby, só nos resta dançar sobre os destroços. Nosso maior inimigo é a falta de humor..

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pois seja o que tem de ser.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela.
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável.
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples.
Um dia percebemos que o comum não nos atrai.
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você.
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso.
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais.
Enfim,
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito.
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras.

"Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."

A distração é mútua. A diversão é garantida

Eu devia ter uns 13 anos. Tinha acabado de ver alguma coisa com as panteras . Era tipo As panteras, as espiãs, as meninas super poderosas enfim... qualquer filme que o título fosse de tres meninas amigas ou super poderosas. Lembro de ter colocado um calção preto e saído chutando tudo e todos pela casa. Incansável. Queria ser a menina do filme. Queria ter um romance com uo homem qualquer e me envolver em um triângulo amoroso bizarro, que me colocaria numa sinuca de bico da qual a única solução era sair QUEBRANDO A CARA DE TODO MUNDO. Fui dormir nesse dia, sem ter espancado ninguém. "Droga" - pensei.
Tem sido assim. Cada vez mais. Os filmes, sempre eles, servindo de inspiração para os meus dias. Eu tenho um problema. Na verdade, vários, mas o problema em questão é que eu quero sempre transformar acontecimentos normais em coisas de cinema, aquela velha história de
"ter coisas pra contar". Mas isso cansa. E me deixa desapontada, quando eu não consigo. Hoje em dia me pego gostando cada vez menos dos documentários, pulando de cabeça num mundo ficções, de aventuras. De cabeça mesmo. Os coadjuvantes vem e vão, e eu gosto muito de contracenar. Uns vem e nem se vão. Ficam por aí, até que surja uma nova cena para eles estrelarem. É, passei a encarar os dias como se fossem cenas, as horas como se fossem takes, os momentos como se fossem quadros. E não é tão legal quanto parece. Vou te explicar o porque..
É que assim eu acabo deixando passar despercebidos momentos que nao são de cinema, mas que, nem por isso deixam de ser bonitos. Pra que ficar forçando? Um simples beijo é substituído por um amasso na chuva, numa parada de ônibus. Um pedido de desculpas vira uma emoção. Enfim, é uma pressão infinita, pra tirar de todo e qualquer momento o mais intenso dos sentimentos. Cansativo. Suspeito que isso seja culpa das músicas, do jeito que eu falo, desse super-realismo-exagerado.

Me encontro em um momento de recomeço. Efeito Borboleta.

Chega.

Hoje sou ficção. E prefiro permanecer assim, protagonizando um filme sem fim, dirigindo
coadjuvantes aleatórios e invariavelmente RICOS, COMPLEXOS, PROFUNDOS.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eu sempre estive entre aspas .

Teimosa como nenhum outro ser vivo foi capaz de ser. Sentimental do inicio ao fim do meu viver. Confio e me apego com facilidade extrema a tudo e a todos, mesmo sem querer, mesmo sem poder. Idêntica e intensivamente diferente. Tenho atitude e ideias pequenas, impossíveis de serem mudadas ou ser reconstruídas por tentativas alheias. Decidida; tudo o que se começa, se termina. Tudo o que não se deve terminar, jamais é começado. E por fim: defeitos e qualidades fazem parte da minha realidade. Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Eu sei que nada faz sentido e eu estou sendo inconstante. Me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei um monte de vezes desde que isso aconteceu. Tenho medo de que não possa me explicar, porque é justamente aí que está o problema: posso explicar um monte de coisas. Mas não posso explicar a mim mesma.