terça-feira, 9 de março de 2010

Abri os olhos, e, daqui pra frente, vou respirar sempre o mais fundo que eu puder.

Eu realmente gostaria de fazer sentido. Consigo ver perfeitamente o estranhamento que causo em algumas pessoas. Essa intensidade desmedida choca, e gera dúvidas se é verdade tudo que eu sinto. Mas eu sinto. E sinto muito, tanto que chega a parecer que é mentira, encenação, que eu não sinto absolutamente nada. É como um vício, como se eu estivesse sempre procurando um motivo pra sair da normalidade, do stand by, pra sair da vida comum e os sentimentos amenos. É como se eu me forçasse a me apaixonar toda semana, e sempre por um novo alguém. Eu chego ao cúmulo de quase inventar histórias, quando encontro dificuldade em viver elas de verdade. Mas eu invento elas de forma tão convincente que a maioria delas se transcreve na minha vida, nos meus dias. Eu realmente gostaria de ser compreendida. Isso me leva a concluir que somos realmente capazes de viver as histórias que inventamos, mas não como a lunática que crê ser Lady GaGa. É que com alguma insistência, um pouco de prática e um punhado de sorte, eu fui capaz de te trazer pra minha história, que acabei de começar a escrever. Você nem sabe que faz parte dela, que age conforme regem as linhas que eu escrevo, mas você já foi escalado pro seu papel, e ele é de protagonista.Eu realmente gostaria que você acreditasse em mim.Cabe a mim viver essa história, de forma tão fiel que mentira e verdade se fundam em uma narrativa com início, meio, e um fim, cujo decreto cabe à minha caneta. Cabe a você deixar ser escrito, e eu tenho muita coisa pra contar. E não precisa dizer que eu não te conheço, que isso não faz sentido, que eu estou enlouquecendo. Eu sei muito bem disso. Sei que os diagnósticos possíveis sao muitos e que os prováveis são alguns, mas meu médico sou eu mesma e eu acabo de receber alta. Eu realmente gostaria