quinta-feira, 28 de outubro de 2010

abafado

Tem dias que o cinza está dentro da gente. E vem sempre às quartas-feiras. Hoje é assim, semana passada também e a outra também e tem sido assim.. uma insistência mais que recorrente.
Me incomoda tanto.
É um silêncio que não deveria existir, são palavras que não tem vontade de sair. Parece que não me conheço. Me estranho no espelho, no que penso, no que reajo. Não me encontro. Todos os vãos são maiores, todos os casos mais difíceis, todas as vias inacessíveis. Todas as pessoas mais ausentes, desencontros mais presentes.

e eu, ali.. aqui.. espaçada.

Como se todas as dores fossem mais doidas, as soluções menos deferidas. Parece frescura do ângulo que você olha.. Vejo a mesma coisa também. (talvez eu precise de um motivo, um único, pequeno o suficiente para pedir arrego.)
Então tudo venta e chove ... uma enxurrada.

De repente o céu limpa.
Temporariamente.