sábado, 1 de maio de 2010

O Novo

A gente acha que, por já ter jogado uma ou duas vezes, pega experiência. PAPO.

Mais uma cidade. Novo ar. Uma casa nova, no mesmo lugar. No entanto, vai acumulando teias de aranha naqueles cantos da nossa alma que a gente tem medo de mexer. Sempre tive medo de mudar a ponto de não me reconhecer em coisas que escrevia antigamente Então eu volto ao estado inicial, aquele de anos atrás. A gente sempre acaba voltando pro inicio. Mas o jogo é outro, mais difícil, imprevisível e com uma aposta mínima que a gente simplesmente não tem como pagar. É o mundo me ensinando que ainda não deixei de ser a menina cheia de dúvidas que eu era. A diferença é que eu só to ficando mais velha e que em minha cabeças há ainda mais espaço para mais e maaaaais questionamentos. Quanto mais claro fica para mim a noção do que é certo, mais meus pés apontam para o caminho escuro do desconhecido.
Não posso dizer que não gosto. Mas também não vou dizer que tem sido simples. E o que é simples, aos 18 anos?

Ja me sinto velha demais para jogar tudo pra cima e fugir. Me acho nova demais pra dar o próximo passo sem olhar pra trás. Então fecho os meus olhos e caminho até cair. A cada vez que ergo meu corpo, percebo um novo chão, na pele sinto o toque de um vento que vem de outro lugar.

Eu tenho acordado de sonho nenhum, tenho dormido apenas pra ver se paro de sonhar…

… pra variar.

E é tão real, o pesadelo de perder o discernimento pra sempre.

Mais uma cidade. Novo ar. Uma casa nova, no mesmo lugar.

O que eu aprendi com os meus sentimentos? Palavrões novos